segunda-feira, 20 de agosto de 2007

BELÉM DAS PROCISSÕES

Há dois mil anos alguns magos do oriente foram a uma pequena cidade judaica, onde esperavam encontrar um recém nascido, o qual, segundo as Escrituras Sagradas, nasceria de forma humilde e longe das grandes cidades para se tornar o Rei de todo o Universo: a cidade era Belém, e o bebê chamar-se-ia Jesus. Ali nasceria, com Ele, um novo ciclo na história humana, repleto de sonho, esperança, alegria e consolo: os pecadores de todos os tempos congregar-se-iam sob o reinado deste Jesus.

Os que já haviam morrido, tendo por Ele ansiosamente esperado, confiando nas promessas bíblicas a respeito de um Salvador, os que O conheceriam pessoalmente e d’Ele ouviriam o “vinde a mim”, e os que, após Sua morte e ressurreição, tornar-se-iam discípulos pela pregação dos seguidores do Mestre, haveriam de formar a eclésia, os chamados para fora “deste mundo” contingente, histórico, temporal, transitório, para dentro “de um outro mundo”, imanente, porvir, supra-histórico, atemporal, eterno, no qual, livres de sua natureza corpórea e corrompida pelo pecado, princípio operante de todo o mal que assola a Humanidade, os crentes em Cristo viveriam em gozo perene, em louvor e serviço eternos ao Santo de Israel, Jesus, e ao Pai, o Deus todo-poderoso, Criador da terra e do céu e de tudo o que neles há.

Passados dois mil anos, Jesus e suas palavras continuam vivas como brasas a queimar o coração de cada verdadeiro cristão, pois o sonho não morreu, a esperança não murchou, a alegria insiste em estar presente e o consolo nos alcança dia após dia. E cada um dos filhos de Deus anseia pelo dia em que poderá respirar o ar com a mesma pureza dos antigos dias, quando o Criador visitava seu primeiro filho terreno e juntos admiravam a beleza intacta das coisas: ainda queremos entrar outra vez no Éden...

O que mudou nesses dois mil anos, contudo, ainda que não tenha o poder de anular no coração dos crentes as realidades suscitadas pela salvação em Cristo, tem sido causa de muitas tristezas e decepções.

Belém da Judéia continua existindo, e no local onde Jesus nasceu ergueu-se a igreja da natividade, ponto turístico bastante visitado por pessoas de todas a religiões. E em homenagem à terra natal do Salvador, muitas cidades no mundo receberam o nome de Belém. Aqui no Brasil, a capital do Estado do Pará, chama-se Belém e é conhecida pelos paraenses como a cidade das mangueiras. Além desse título, muitos se orgulham de outra marca desta cidade nortista, que é a procissão do Círio de Nazaré, uma romaria católica em torno da imagem de Maria, a mãe de Jesus.

No mês de outubro, centenas de milhares de pessoas vindas de todo o Brasil enchem as ruas da cidade, demonstrando fervor e emoção diante da pequena estátua de madeira. De uns anos para cá, outra procissão vem ganhando vulto na cidade, de natureza diversa daquela primeira, mas que enche de orgulho, igualmente, seus participantes: a parada do Orgulho Gay, que ocorre em setembro.

A Belém da Judéia foram uns poucos homens e mulheres adorar ao Rei que acabara de nascer. Para Belém do Pará afluem milhares de homens, mulheres e crianças para cultuar a imagem de Maria, e outros tantos milhares de homens e mulheres para defender seu culto à lascívia e promiscuidade. As duas cidades têm em comum o nome, separam-nas o tempo e os objetos de adoração e nelas convergem a humanidade corrompida e carente da graça divina.

Os moradores de Belém do Pará, cidade de procissões, precisam conhecer a graça que liberta, o amor que salva, o perdão que cura. Precisam conhecer Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Deus salva idólatras e lascivos, como um dia salvou aqueles magos e pastores que foram à outra Belém, e as Escrituras não dizem que eles eram especiais ou que possuíam atributos naturais que moveram o coração de Deus para salvá-los. Na verdade, foi Deus quem moveu os seus corações, e os levou a Belém.

Que Ele mova o coração dos habitantes da capital paraense, para tirá-los de lá, chamando-os para fora, como tirou Ló de Sodoma e Gomorra, livrando-o da destruição. Neste caso, seus corpos permanecerão em Belém do Pará, todavia suas mentes e corações estarão fixados em Belém da Judéia, onde nasceu Aquele que um dia os levará à cidade eterna, a Jerusalém celeste, caso O adorem!

Um comentário:

Anônimo disse...

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